

Vamos falar de tecnologia? Você alguma vez já se interessou por programação, mas achou que era algo difícil de dominar e acabou por desistir? Precisamos então conversar sobre Python. É uma linguagem de programação que se tornou a queridinha de muitos programadores e um dos grandes atrativos é que com essa linguagem é possível fazer uma tonelada de ações com pouquíssimas linhas de código. E não pense que é um daqueles softwares de arrastar blocos prontos só tendo que clicar em executar. Muito pelo contrário! Python é uma linguagem de programação de verdade com um poderoso arsenal de bibliotecas e uma comunidade de amantes dessa tecnologia empenhados em torná-la muito mais atraente, conhecida e de quebra é muito usada por grandes empresas do Vale do Silício, e do mundo todo, como a Google, que dispensa apresentações, por exemplo.

O nome da linguagem vem de Monty Python que era um grupo de comédia famoso na Inglaterra e que até hoje tem seus fãs espalhados por aí. Portanto se prepare que certamente encontrará algumas referências quando começar a aprender esse dialeto digital tendo que certamente fazer alguns looping ou tomadas de decisões com variáveis nomeadas como “spam”, vocábulo conhecidíssimo de uma das mais clássicas esquetes da trupe inglesa. Guido Van Rossum pode ter concebido a linguagem, mas o sucesso em muito se deve à formação de um grupo de pessoas empenhadas em melhorar o software ajudando a trazer melhorias cada dia mais robustas e que encontrem a aprovação dos seus milhões de usuários pelo mundo afora. E olha que os devs são bem rigorosos a ponto até de criar um termo chamado “Pythonico” que é a maneira mais adequada, nos padrões dos programadores, de elaborar certo código obedecendo diretrizes bem sólidas. Basta digitar import this no ambiente escolhido e verás com seus próprios olhos um Eastern egg que demonstra o nível do que se espera dos programas feitos nele.
Para começar a programar em Python você pode escolher diversas formas. Pode instalar o ambiente em sua máquina local, pode instalar uma distribuição como a Anaconda que vem com diversos pacotes já inclusos ou pode usar a forma mais fácil que é acessar ambientes em nuvem como a do Google Colaboratory no qual você usa um notebook (aplicação web para códigos) e não precisa instalar nadinha e tem muitas bibliotecas já instaladas por padrão. Você só precisará importar bibliotecas realmente mais complexas, mas ainda assim será muito mais tranquilo, acredite. E bastará ter uma conta do Gmail para poder usar o Colab. Não tem custo nenhum. Há outros modelos que não exigem instalação também, pode pesquisar a que gostar mais.
Para quem vem de outra linguagem como PHP, Java ou C# verá que a lógica é a mesma, porém terá que observar que para se transformar em um projeto tão simples e poderoso o Python tem que usar alguns regramentos bem específicos, mas que não são difíceis de se assimilar. Por exemplo: Poucos parênteses são usados como nas mais tradicionais linguagens, ao invés disse se usa muito a indentação (tabulações que separam os trechos de iterações ou decisões). Para se acostumar é fácil, você pega logo o macete.
Por fim vale a pena demonstrar o quanto é fácil e agradável visualmente programar em Python. Se você quiser por exemplo fazer a tabuada do 5 e exibi-la na tela basta apenas esse mínimo esforço de dedos:
for i in range(1,11):
print(i,"X","5=",i*5)
Notou o espaço quase como uma margem ali em cima separando as duas linhas? Pois é, bem-vindo ao Python. Você irá gostar.